quinta-feira, 17 de julho de 2008

A morte não é Comunista....

Há 17 anos ainda não era famoso o ósculo da Madona na Britney , o Cavaquismo estava no auge, celebrava-se o tratado de Maastricht e o mundo voltava as costas ao massacre de Dili.
A Casa Pia servia para aliviar a Luxúria de figuras ilustres e especialistas de mangas de alpaca com pés de barro, motivados pela fragilidade de quem nada tem ……. e sempre ajudados pelos pilha-galinhas.
Inaugurávamos o último troço da auto-estrada Porto-Lisboa (trinta anos depois do início), e o pesqueiro Bolama, afundava-se ao largo do cabo Espichel .
Em Setúbal erguia-se uma das jóias da coroa Setubalense ( mais ouro cravejado de diamantes tal deve ter sido o regabofe em termos de lucros …). Os incautos compradores investiam ai anos de sofrimento e acreditavam no jogo das instituicoes publicas , depositavam o futuro nas mãos do sistema , representado pela experiência de funcionários jubilados que fazendo alarde dos seus meios altamente sofisticados e tecnológica clarividência , não cumpriam as regras do jogo. As taxas, impostos e preços especulativos eram a garantia de que se podia acreditar nos colonizados de Bruxelas. Os carregamentos de vil metal sempre medidos em milhões para tudo serviram , mas nem mesmo assim se conseguiu trazer à tona autarquias mais endividadas e falidas que os sobrinhos do Tio Patinhas.
A classe politica renegou o progresso e a qualidade, fomentou a pobreza de espírito barricada na contemplação dos subordinados e na instabilidade dos tachos...
Há quem diga que a morte é comunista e o tempo é socialista , mas eu acho o contrário , a morte é anarquista, amiga dos corta-fitas e dos missionários da desgraça alheia, e o tempo é o mata-borrão , o que hoje é verdade amanha é mentira e vice-versa ao ritmo dos desejos...
Desde a ilustre descoberta de que o Padrinho do Norte e o Major Batata estão inocentes, tudo é de esperar. Por isso a menos que se consiga ressuscitar a Padeira de Aljubarrota , o Marques de Pombal e o Duarte Pacheco vamos continuar a ser mal orientados (recuso-me a escrever governados ) por aspirantes a D.Afonso Henriques

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